Nota de Boas Vindas.

Decidi criar este blog, porque gosto muito de brincar.
Brinco com tudo, e tudo serve para fazer uma boa piada, e dar uma boa gargalhada

Não pretendo de modo algum ferir susceptibilidades.
tenho a noção das dificuldades que um cego experimenta no seu dia a dia, até porque eu também sou cego congénito.

Mas a cegueira não pode representar o fim do mundo, e temos de ir há luta, agarrar o boi pelos cornos, e fazermo-nos à vida!

se não formos nós a brincar com a nossa condição de cegos, quem brincará?

Respeito todos aqueles que não gostam desta forma de encarar a cegueira.
Mas também peço que respeitem o nosso sentido de humor, e a forma descomplexada e sarcástica com que nós abordamos este tema.

Pela Internet, existem imensos espaços, onde a deficiência visual é abordada de uma forma séria e muito profissional

Por exemplo o Lerparaver Para mim o melhor site em língua portuguesa sobre deficiência visual.

Neste espaço, vamos contar as histórias caricatas que nos acontecem no dia a dia, as abordagens mirambolantes que nos fazem diariamente, em fim, vamos
brincar com a nossa condição de Cegos.

Se ainda não se sente à vontade, pedimos que saia deste blog, pois a linguagem e expressões que aqui vão ser usadas, podem ferir algumas susceptibilidades.

Para aqueles que tal como nós gostam de se divertir com o facto de serem cegos, espero que nos ajudem a construir este blog.

Este blog tem o alto patrocínio das seguintes firmas

Cerveja Braille.
Serveja Braille, a Serveja que lhe dá pontos!

Super-mercados verdade.
Super-mercados verdade, onde os preços, parecem mentira!
Super-mercados perdade, pague agora, leve mais tarde!
Supermercados verdade, até quem não vê acredita!

3º fascículo da fantástica odisseia do quim Zé cabeçadas

Desta vez não foi de cabeça, foi mesmo de mão. Depois daquela discussão com os dois polícias e de muitos argumentos de parte a parte, o quim Zé lá acabou por não ser preso e deixaram-no ir em liberdade com uma condição. A de o levarem directamente a Casa e o proibirem de sair nos próximos 5 dias. A consequência directa para o Quim Zé foi ficar sem saborear o seu tão almejado gelado. Mas se virmos aquilo que lhe poderia ter acontecido se um dos agentes da autoridade não tivesse um familiar ceguinho, podemos dizer que o Quim safou-se de boa e pode dar-se como contente! Após o términos do castigo, o Quim Zé, teimoso como uma mula, decidiu sair novamente de casa, com o propósito de finalmente fazer uma caminhada tranquila a ver se de uma vez por todas conseguia saborear o seu gelado, o que para este ceguinho azarado representa um verdadeiro troféu. Quando ia a chegar â barraquinha, uma velhota ao ver que o quim Zé ia bater contra o cartaz dos gelados, desatou a correr com o propósito de agarrar o quim Zé pelo braço para ele não bater. Só que desta vez, quem padeceu foi a senhora que com o susto e a pressa escorrega e dá uma valente queda no chão. Aí é que o caldo se entornou. A velhinha dizia que caiu por causa do quim Zé. Este por sua vez dizia que a velha não precisava de ir a correr atrás dele. Os transeuntes que viram toda a cena viraram-se contra o quim, acusando-o de ser um ingrato e de não ter condições para andar sozinho na estrada. Mas o pior ainda estava para vir. Numa tentativa de remediar o sucedido, o quim Zé baixou-se com o propósito de ajudar a senhora a levantar-se. Só que por azar agarrou-lhe em cheio nas mamas, e claro a ira das pessoas aumentou, porque já não bastava o quim Zé ser o causador da queda da velhinha, ainda vai protagonizar um atentado ao pudor na via pública. A velhinha porém deixou as pessoas anda mais confusas. Como ela emitiu um grito demasiado ambíguo, alguns entenderam que ela nem ficou chateada com a atitude do quim, e que lá no fundo até gostou, outros por sua vez entenderam que a velha mostrou pânico, revolta e repulsa. Escusado será dizer que essa dúvida não foi desfeita, até porque a velha ficou petrificada e não disse praticamente mais nada, o que por paradoxal que pareça, só aumentou a confusão, porque ficamos sem saber se essa postura se deveu à vergonha de ter demonstrado que gostou da mão marota do Quim, ou se pelo contrário se deveu ao medo e ao pânico. E no meio deste enredo, o Quim estava absolutamente destroçado. Primeiro porque tinha a perfeita noção que não se conseguia escapar das malhas da autoridade, e de uma acusação pública de atentado ao pudor. Segundo, e mais grave, ele sabia que estava a pagar por ter cometido um suposto crime do qual não tinha extraído prazer absolutamente nenhum. Ser acusado e condenado por ter apertado as mamas a uma velha durante uns míseros 5 segundos, era desde logo frustrante. Ainda se esse fruto proibido estivesse exposto numa outra árvore bem mais interessante, vá que não vá, agora numa árvore velha com as folhas caídas! É muito azar junto! Ainda bem que desta vez o Quim Zé usou a mão. Já viram o que era se ele tinha caído de cabeça? Se com um apertão casual de 5 segundos é atentado ao pudor, se caísse de cabeça era com toda a certeza violação.

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