O nosso bem conhecido toni Fragas tem mais uma peripécia digna de registo.
Centro da cidade, pleno mês de Novembro, chuva e vento forte, e o toni Fragas com a sua bengala perdeu-se no meio da praça. Entretanto aparece a dona Maria da Purificação, uma velhota de oitenta anos que ia para o mercado comprar a sua hortaliça.
Pergunta a dona a Maria ao Toni Fragas. O senhor está perdido? Responde-lhe ele. É verdade, o vento desorientou-me.
Para onde é que o senhor quer ir? quero ir para o autocarro, responde-lhe o Fragas.
A dona Maria da Purificação não se fez rogada, e disse. Então agarre-se a mim, e vamos lá embora!
E vai daí agarra no toni assim às trouxas e mouxas. Diz o Toni. Minha senhora. Não é assim que se conduz um cego! Assim a senhora ainda cai.
Não caio nada, responde a Dona Purificação demonstrando irritação. Eu vou levá-lo à paragem do autocarro, e depois tenho de ir comprar o meu repolho. Não tenho tempo a perder!
As duas por três, o Toni Fragas mete sem querer a bengala no meio das pernas da dona Maria Da Purificação, e esta por sua vez cai redonda no chão, esmurrando-se toda.
Antes que a senhora pudesse dizer o que quer que fosse, diz o toni.
Se conhecesse as técnicas de guia, não tinha tropeçado nem caía!
Lamentavelmente, esta história não teve um final feliz.
Agora acrescento eu.
Se a dona Maria não fosse tão desleixada, nem caía nem ficava magoada!
Desconheço se o toni Fragas conseguiu mesmo assim apanhar o autocarro ou não, mas pelos jeitos nunca mais será guiado por nenhuma das velhotas que costuma ir ao mercado comprar repolho, e que estavam ali presentes.
Ai Fraguinhas. Nunca mais ouses em te perder!
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