Nota de Boas Vindas.

Decidi criar este blog, porque gosto muito de brincar.
Brinco com tudo, e tudo serve para fazer uma boa piada, e dar uma boa gargalhada

Não pretendo de modo algum ferir susceptibilidades.
tenho a noção das dificuldades que um cego experimenta no seu dia a dia, até porque eu também sou cego congénito.

Mas a cegueira não pode representar o fim do mundo, e temos de ir há luta, agarrar o boi pelos cornos, e fazermo-nos à vida!

se não formos nós a brincar com a nossa condição de cegos, quem brincará?

Respeito todos aqueles que não gostam desta forma de encarar a cegueira.
Mas também peço que respeitem o nosso sentido de humor, e a forma descomplexada e sarcástica com que nós abordamos este tema.

Pela Internet, existem imensos espaços, onde a deficiência visual é abordada de uma forma séria e muito profissional

Por exemplo o Lerparaver Para mim o melhor site em língua portuguesa sobre deficiência visual.

Neste espaço, vamos contar as histórias caricatas que nos acontecem no dia a dia, as abordagens mirambolantes que nos fazem diariamente, em fim, vamos
brincar com a nossa condição de Cegos.

Se ainda não se sente à vontade, pedimos que saia deste blog, pois a linguagem e expressões que aqui vão ser usadas, podem ferir algumas susceptibilidades.

Para aqueles que tal como nós gostam de se divertir com o facto de serem cegos, espero que nos ajudem a construir este blog.

Este blog tem o alto patrocínio das seguintes firmas

Cerveja Braille.
Serveja Braille, a Serveja que lhe dá pontos!

Super-mercados verdade.
Super-mercados verdade, onde os preços, parecem mentira!
Super-mercados perdade, pague agora, leve mais tarde!
Supermercados verdade, até quem não vê acredita!

O CEGO E O MOÇO

Um cego andava a pedir esmola pela mão de um moço;

a uma porta deram-lhe um naco de pão e um bocado de linguiça.

O moço, pegou no pão e deu-o ao cego para metê-lo na sacola, e ia

comendo a linguiça muito à sorrelfa.

O cego, desconfiado, pelo caminho começa a praguejar com o moço:

Ó grande tratante, cheira-me a linguiça!



Ali deram-me linguiça e tu só me entregaste o pão.

Diz o moço:



Pela minha salvação, que não deram senão pão. Não me deram mais nada!

Mas cheira-me a linguiça, refinado larápio!

E começou a desancar com a bengala no lombo do moço.

Bateu tanto que ele ficou com as costas todas em frida!

O moço porém também era rufia, e disse para os seus botões que o cego

lhas havia de pagar.

Quando iam por uns campos onde estavam uns sobreiros, o moço emdicou o cego para um tronco, e grita-lhe:

Salta, que é rego!

O cego vai para saltar e bate com o focinho no sobreiro. Grita ele:

Ó Seu ganapo. Vou partir-te todo em pedacinhos!

Diz-lhe o rapaz:

Então à pouco cheirou-te o pão a linguiça, e agora não te cheira o

sobreiro à cortiça?

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